Esta obra fundamental em psicanálise de crianças, reunião de ensaios sobre o amadurecimento escritos entre 1958 e 1963, põe em evidência uma característica distintiva da abordagem do psicanalista britânico: sua capacidade de olhar para a criança em seus próprios termos, sem vê-la como mero protótipo para o adulto. O desenvolvimento de um senso moral e da capacidade de suportar a solidão; a relação entre falta de espontaneidade e psicopatologia; o papel central do cuidado no desenvolvimento do indivíduo; os desejos opostos da criança de se comunicar e se isolar; as especificidades da psicanálise infantil - todas essas questões são examinadas com base no trabalho clínico que Winnicott realizou ao longo de décadas, com pacientes bebês, crianças e adolescentes.